segunda-feira, 17 de julho de 2017
Tudo Para Sax Gratis: Partitura - HEAR ME NOW - ALOK & BRUNO MARTINI fea...
terça-feira, 24 de maio de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sábado, 26 de junho de 2010
Certa vez chegou à aldeia dos índios que habitavam a Foz do Rio Coreaú um grande veleiro, vindo do além-mar. Homens muito brancos desembarcaram e, aos poucos, os nativos foram, muito desconfiados, se aproximando. Os visitantes eram criaturas diferentes, mas amistosos e, lentamente, a amizade se instalou entre estes dois povos.
O Grande Guerreiro Branco que chegara e possuía consigo uma estranha e perigosa arma que os nativos chamaram de pau-de-fogo ou pau do trovão, trouxera também, muitos presentes e a festa foi muito grande! Todos dançaram durante a noite ao redor da fogueira e a festa só acabou ao raiar do sol.
Junto com o Grande Guerreiro, veio sua bela filha de 18 anos que os nativos olhavam, embevecidos, aquela princesa de cabelos doirados. Logo passaram a chamá-la de Jacira, nome ligado à lua.
O filho do Cacique, Jovem Guerreiro, forte e muito bonito logo se apaixonou, perdidamente, pela Princesa Dourada e as atenções da moça também eram para ele. O namoro estava estabelecido! Mas não era um namoro segundo as regras dos brancos. Era uma manifestação de carinho e admiração muito baseada na contemplação. Assim, o Jovem Guerreiro passava horas olhando para aquela princesa sem sequer se atrever a tocá-la.
O dia em que Jacira tocou o Guerreiro apaixonado com suas delicadas mãos e beijou-lhe a face à moda de sua sociedade, o jovem Guerreiro sentiu o sangue ferver em suas veias e, naquela noite, dançou em torno da fogueira como nunca fizera antes.
Mas o tempo passou e o dia da partida dos visitantes infelizmente chegara...
Quando o jovem índio apaixonado soube que sua amada partiria para sempre, entrou em profunda tristeza. O cacique percebendo a dor de seu filho foi ao Pajé, grande feiticeiro, que já percebera a paixão do jovem pela filha do visitante. O Feiticeiro, comovido, preparou um feitiço poderoso e para tal usou a cabeça do coró, peixe muito saboroso que podia ser encontrado, facilmente, na foz do Rio Coreaú. Disse ao Cacique que esse feitiço deveria ser dado ao Grande Guerreiro Branco pai de Jacira. Alertou também que o efeito não era instantâneo e que eles partiriam mas, com o passar de muitas luas, voltariam...
Assim foi feito na véspera da partida. Um caldo feito da cabeça do peixe enfeitiçado foi servido, não só para o Grande Guerreiro Branco, mas também, para toda a tripulação do barco visitante.
No dia seguinte, após muito choro, eles partiram com muitas lágrimas de todos os lados. A princesa Jacira chorava debruçada na popa do barco e o triste Jovem Guerreiro, com um forte nó na garganta, se angustiava mesmo consolado pelo pai e pelo Pajé.
Muitas luas se passaram e, um certo dia, antes que os cajueiros florissem novamente, um menino índio chegou na oca do Grande Cacique, resfolegando, e dizendo: O grande barco voltou! Está lá!
Correram todos para a beira da praia e viram , no horizonte, o navio que crescia vagarosamente aos olhos do Cacique, de seu apaixonado filho e de toda tribo.
O desembarque foi festivo! O Grande Guerreiro Branco trouxera consigo Jacira e disse aos Índios que não partiria mais.
Estes visitantes fundaram uma grande sociedade às margens do Rio Coreaú que levou o nome de Camocim.
Tempos depois, o grande chefe, numa reunião de confraternização contou a todos a Lenda do Coró, pois que aqueles que tomarem do caldo da cabeça desse peixe, sempre voltavam ao paraíso encantado de Camocim para viver um grande sonho!
Ainda hoje, o feitiço está ativo e os visitantes que comem deste peixe encantado, sempre voltam e, alguns que se excedem no consumo dele, nem partem...
Rpires
O peixe chamado coró |
O DORNIER: Do-X -1929 em Camocim
O Maior Hidroavião de década de 30!
Você já imaginou a cara de surpresa do Artur Queirós e do Ildemburgue, com seus 9 anos de idade, à Beira Mar de Camocim, quando assistiu a amerrizagem do avião gigante: O Do-X? E o povo da época? Os camocinenses se apinhavam à Beira Mar para admirar aquela máquina enorme, percussora dos Jumbos atuais
Ainda hoje, basta um pequeno avião passar que logo levantamos a cabeça para olhar! Neste caso, não foi um teco-teco qualquer que desceu em Camocim: O Do-X era um hidroplano de 12 motores, projetado para voar a baixa altitude: 500 metros no máximo!
Conta Artur Queirós que os barqueiros da época levavam, por uma pequena quantia, os curiosos, inclusive ele, num pequeno barco para ver, bem de perto o avião!
A Chegada
A Belonave pousou pela manhã, no dia 13 de junho de 1931 e ficou até a tardinha, parado, ali!, bem em frente da Estação Ferroviária. Nenhum passageiro desembarcou. Os barcos de apoio camocinenses carregavam combustível em latas de 20 litros que, aos pouco, iam suprindo o liquido precioso para acalmar a fome devoradora do Do-X que queimava 400 galões por hora, conta-nos o Sr. Ildenburgue que também, boquiaberto, assistiu aos seus nove anos de idade a visita insólita.
A notícia de que o Do-X estava no Brasil já havia se espalhado e, muitas pessoas em Fortaleza, esperavam por sua passagem, sobrevoando a Capital Alencarina. No inicio da tarde, zarpou em direção a Natal e depois rumo ao sul com destino ao Rio de Janeiro, frustrando, assim, o pessoal que esperava sua passagem pelo restante do "Siarah"...
O Avião
O que sabemos é que este gigante de doze motores, montados frente-costas sobre o centro das asas, acima, pesava 52 toneladas e foi construído na Alemanha, pelo Professor Claude Dornier, no estaleiro do Lago Constance. Fez seu primeiro vôo de teste no dia 12 de julho de 1929 sobre o mesmo lago. Mais adiante, fez outro vôo de uma hora: prova de fogo, em 21 de outubro de 1929, sobre o Lago Constance com 169 pessoas a bordo.
Seu tanque de combustível, comportava 16.000 litros e veio parar em Camocim n'um cruzeiro mundial, iniciado em 5 de novembro de 1930.
A Viagem
Sabe-se que sua rota começou na Europa, mais exatamente no Rio Reno até Amsterdã e, de lá, continuou a Calshot-Inglaterra, Bordeaux -França, La Coruna e Lisboa. Passando pelas Ilhas Canárias, seguiu ao longo da costa africana chegando a Camocim em 13 de junho, partindo, no mesmo dia, para Natal e chegando ao Rio de Janeiro no dia 20 de junho de 1931.
Descobrimos a viagem foi muito acidentada! Um acidente em Lisboa com fogo na asa esquerda, no dia 29 novembro, atrasou por mais de um mês a viagem pois o material levou seis semanas para chegar de Altenrhein. Na verdade, só decolou em 31 janeiro de 1931 indo para Las Palmas. Em Las Palma, outro problema! Uma esbarrada em um banco de areia paralisa a nave por 3 longos meses! Partiu em 3 de maio e, vários outros problemas, como por exemplo em Bolama-África dificultou a viagem por quatro semanas.a chegada ao Brasil foi conseguida. Sua estadia no Rio de Janeiro foi muito festejada pelo povo carioca que, como os camocinenses, se encantaram com o Navio Voador.
A Partida do Brasil
Finalmente, deixou o Brasil e voou para a América do Norte, passando alguns meses em Nova Iorque por causa do inverno. Em maio de 1932, voaram para Berlim e pousaram no Lago Müggelsee. Sua viagem total envolveu 43.000 Km. Sabe-se, também, que os motores originais Siemens - Júpiter, aqueciam demais e foram substituídos por motores Curtiss Conqueror de doze cilindros em V.
Um Triste Fim...
Infelizmente este avião não foi um projeto de muita sorte! Chegou desta viagem muito danificado e talvez, também, por consumir muito combustível, foi parar no Museu de Berlim. Por azar em 1943, foi destruído pelas chamas num bombardeio dos aliados. Além do Do-X, somente mais dois aviões deste modelo foram construídos e vendidos para Itália.
O Do-X em Camocim - Foto cedida por Artur Queirós |
Características do Do-X
Nome: Dornier Do-X
Construtor: Prof. Claude Dornier
País: Alemanha
Tipo: Transporte civil.
Ano: 1929.
Motores: 12 - Curtiss de 12 cilindros, em V- Refrigerados a água - 600 hp.
Largura: 48 m
Cumprimento: 40,05 m.
Altura: 10,10 m
Peso na decolagem: 52 000 kg,
Velocidade de cruzeiro:190 km/h.
Velocidade máxima: 210 km/h.
Altitude máxima de vôo: 500 m
Autonomia: 1 700 km
Equipe: 10 pessoas
Passageiros: 72 pessoas
Pavimentos: 3
Inicial- de baixo- Combustível e bagagens;
Do meio: Passageiros;
Ultimo- superior: Piloto e equipe técnica
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Meu Eterno Amor a Camocim
Quando pararem, todos os relógios;
Todas as bússolas perderem os tinos;
Quando forem em vão os menológios,
E os dias selenciosos, sem meninos.
Quando se debotarem os necrológios
E se calarem, para sempre, os sinos;
Quando as traças comerem os eucológios,
E a morte completar nossos destinos,
Na solidão da Natureza morta,
Virá bater, à noite, em minha porta,
A cruel Saudade, a gritar por mim!
E eu, na brancura óssea derradeira,
Tendo de mim apenas a caveira,
Hei de te amar ainda, Camocim!
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Camocim Uma linda Cidade